sábado, 9 de junho de 2012

O chamado de Morrigham¹





A beleza e o poder desta deusa não a restringe a conexão com o ciclo da morte, mas também a sua habilidade em moldar seu poder e suas bençãos a situações corriqueiras, para as necessidades de homens e mulheres que solicitam os deuses.
Morrigham voa através das páginas de histórias e mitos como um incontido turbilhão. Após as antigas batalhas ela aparece como um corvo gritando selvagemente entre o choro dos homens mortos que estavam em batalha.
Ela pode ser uma bela e luxuriosa donzela em um minuto e uma bruxa terrível no próximo. Para alguns ela aparece como um fantasma, lavando as roupas manchadas de sangue daqueles destinados a morrer ao longo das margens do rio solitário, para outros ela traz a vitória incomparável e proteção.



Morrigham é cheia de mistério, magia e contradições. Ela é poderosa e sábia, mas nem sempre benevolente, sua natureza nem sempre aparece a primeira vista, sua sabedoria não é facilmente conquistada. Ela é uma deusa tutelar ou uma deusa da guerra?Ela é amiga do herói irlandês Cuchulain ou sua grande inimiga? Ela ama ou é rancorosa? Na mitologia irlandesa, Morrigham se recusa a ser rotulada como um só papel. Justamente quando você pensa que está expondo-a, ela muda de forma e se torna outra coisa.
Embora ela seja comumente rotulado como uma deusa da batalha, esta é uma simplificação de uma divindade muito dinâmica. Como muitas deusas do panteão celta, Morrigham preenche múltiplos papéis: ela é uma deusa da guerra, ou da fertilidade, da sabedoria e da magia, tudo de uma vez.
Por isso, não é surpreendente que Morrigham talvez seja, uma das deusas mais populares do paganismo moderno. Ela exala um ar de confiança, poder e magia. Ela sobrevive a várias encarnações dentro da tradição celta, como uma deusa, uma fada, um fantasma e uma rainha.

¹ Trechos extraído do livro: Celtic Lore e Spellcraft of the dark goddess: invoking the Morrigan por Stephanie Woodfield.