domingo, 4 de novembro de 2012

Primeiro espaço sagrado - O EU!

Hoje, ao longo de tantas etapas de aprendizagem, noto que o cuidado com o nosso primeiro espaço sagrado deve ser prioridade. Nosso primeiro espaço sagrado é o nosso corpo, nosso veículo de comunicação, de interação com as outras formas divinas expostas no universo. Nosso trabalho com as palavras, com os pensamentos, com nosso corpo, nosso toque tem que ser feito a medida que reconhecemos a riqueza em cada um desses atos, em cada uma dessa interação que existe nossa energia depositada.




"Tudo é uma questão de encontrar o sagrado dentro de mim mesmo, meu centro, meu interior pacífico. Nós todos temos um espaço sagrado dentro de nós, que é uma parte de nosso ser. Esse espaço sagrado é um templo que nos conduz até o nosso poder interior, nossa intuição e nossa relação com o divino. A descoberta de poderes psíquicos, encantos, feitiços e a meditação são coisas que nos levam até esse templo. Esse fatores nos ajudam a encontrar o caminho dentro de nós e nos faz caminhar até o templo interior."¹



Ao trabalhar o desenvolvimento psíquico dentro da esfera da magia deve-se formar um princípio fundamental tanto para a compreensão intelectual como para a experiência espiritual¹.
Precisamos, inicialmente, descobrir o que nos motiva, com o que nos identificamos, conhecer o básico mas utilizar aquilo que conversa com você. Lembrando sempre de engrandecer o que já foi edificado por você ao longo de sua evolução, no percurso de suas vidas. Seu compromisso de renovação deve ser diário, vivido pelos ciclos, tanto pelos seus ciclos quanto pelos da Terra, entrando assim, em sintonia com os poderes da vida.

"A divindade é inerente a todas as coisas, materiais e espirituais. A força divina é aparente em toda vida e forma".¹


Alimente-se corretamente! Tente ouvir e entender o que o seu corpo pede, o que sua alma anseia.
O alimento para o corpo físico, para a alma, para o pensamento devem trazer o equilíbrio entre os elementos que constituem o seu corpo. Medite! Isso alimenta sua mente. A paz é o alimento da alma. Sorria, é o alimento da vida!

Vamos caminhar juntos!
Bençãos plenas no seu caminhar!
¹Extraído do Templo interior da bruxaria - magia, meditação e desenvolvimento psíquico de autoria de Christopher Penczak.





quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O trabalho com a intuição



Ao buscar o despertar da intuição a primeira coisa que me vem a mente, é o resgate. Resgate da sabedoria que está contida em nossa vida desde os primódios, desde as nossas outras vidas. A intuição é se permitir, ouvir a experiência dos nossos antepassados, das nossas vidas passadas, dos nossos desejos e dos que nos acompanham e protege na jornada.
O culto aos deuses conduz esta base de comunicação e aperfeiçoamento com o(s) nosso(s) dom(ns) natural(is): do ouvir, do sentir, do fazer. Nossas ações, pautadas na delicadeza do conhecimento das consequências é uma prova rica de como estamos sensíveis ao que nos cerca e do poder que temos.
Para isso, devemos estar purificados, concentrados e dedicados a nosso objetivo. Curar feridas, purificar nossos corpos e mentes, preparando nosso organismo para a benção da comunicação com o nosso eu mais profundo é uma forma de respeito a nossa história vinculada ao mundo. E é uma forma ativa de comungar com este mesmo mundo.
Respeitar e comungar nossa real natureza é uma forma de nos purificar do que atraimos e mantemos de nocivo em nossas vidas, nossas curas, como forma de purificação, é uma forma de ritualística, de comungar com o sagrado e nos tornar sagrados. Respeitando nosso corpo como um templo.



"A cura com os rituais¹
A ligação entre cura e ritual é comprovada nos antigos relatos pela semelhança entre curadores, magos, xamãs, mestres rúnicos e videntes. Nos tempos pagãos, atribuíam-se às rainhas, às xamãs, às curandeiras e até mesmo às senhoras das propriedades (responsáveis pelo bem estar daqueles que moravam ao seu lado), o dom de curar pela imposição de mãos ou o uso de ervas, unguentos, cataplasmas e poções. Em certos casos, eram recomendadas alimentações específicas ou jejuns, isolamento e meditação, além da retificação de hábitos e comportamentos prejudiciais visando realinhar os campos sutis. 
A terapia era acompanhada de oferendas para os seres da natureza e recomendava-se a conexão consciente com os ciclos lunares, os ritmos naturais e também o culto dos antepassados.
Uma antiga prática de cura por elas usada era transferir a doença para objetos que eram depois queimados ou enterrados. Outra técnica xamânica descreve como a curadora se deitava de barriga para baixo sobre o doente e soprava na sua boca, dando-lhe depois um chá de ervas para dormir."

O mergulho na intuição reflete nesta primeira etapa de cura que está associada ao mergulho interior, um caminho longo e nada fácil, onde deverá libertar-se das amarras, criadas muitas vezes, por nós mesmos e entender que a dinâmica do mundo está baseada na união de princípios opostos – vida/morte – que acontecem no ventre da Terra, revelando como cada nova forma de vida é criada a partir de uma morte anterior. E a morte deste nosso eu anterior, desse nosso eu 'casca', criado como defesa para enfrentar nossos receios cotidianos, deve ser uma morte constante, consciente e gradual de todas as etapas; de tudo o que finda e do espaço que deixamos para a nossa (re) construção, o nosso despertar. E o (re)nascimento sempre é e será, um ato divino.



²Crie um espaço sagrado no seu lar, não somente através de um altar, mas usando sua inspiração, imaginação e amorosidade para que todos se sintam bem, protegidos, nutridos e amados;
2. Crie momentos sagrados – para si mesma ou compartilhando-os com amigos e familiares – caminhando na natureza, ouvindo música suave, jantando a luz de velas, lendo textos que nutram a alma, enriqueça a sua mente e elevem o espírito;
3. Entre em comunhão com a natureza, honrando a Deusa em todos os seus aspectos e manifestações. Não basta encher sua casa de plantas se você não entrar em contato real e profundo com a terra, a chuva, o vento, as nuvens, o Sol, a Lua, os animais – seus irmãos de criação;
4. Respire e consagre seu corpo como a morada da sua alma durante esta encarnação. Procure viver de forma saudável, fazendo suas opções com consciência, sem se agredir e sem culpar – a si ou aos outros – pelos seus problemas ou compulsões. Coma bem para viver melhor. Observe suas fugas e compensações, cuide da sua “criança” carente ou ferida ajudando-a a crescer, curando-a com amor e dando-lhe os meios adequados para se tornar forte e auto-suficiente;
5. Manifeste sua criatividade – escreva, borde, pinte, desenhe, faça colagens, modele argila, cante, recite, dance, aprenda algo novo, componha um poema ou canção, faça pão, comece um diário de sonhos. A mulher que não dá vazão construtiva à sua imensa capacidade criativa pode torná-la em energia destrutiva – contra si ou contra os outros;
6. Coloque em prática os ensinamentos espirituais. Não se contente em ler inúmeros livros ou participar de cursos e workshops se você não pratica aquilo que aprendeu. Para mudar, precisa viver de forma consciente, reconhecer e transmutar seus pensamentos negativos e ser sincera nas avaliações – suas e dos outros. Todas as experiências dolorosas da vida são aprendizados cujas lições podem contribuir para sua transformação. Algumas mensagens levam momentos para serem assimilados, outras, meses ou anos. Quando começar a compreender o significado dos acontecimentos da sua vida, você começou a crescer de fato e assim poderá abrir novas portas na sua vida, se usar a chave certa;
7. Encontre o equilíbrio entre o falar e o silenciar, se movimentar ou se aquietar. Procure se relacionar com pessoas que compartilham das mesmas buscas e que têm o mesmo nível vibratório. Participe de círculos de mulheres em que possa encontrar apoio para a sua jornada espiritual, em que possa confiar para expressar suas dores ou suas conquistas. Celebre a Deusa sozinha ou em grupo, encontrando assim a verdadeira fonte de seu poder, da sua cura e transformação. Cultive a Deusa dentro de você reconhecendo a sacralidade do seu corpo, da sua mente, das suas emoções, da sua vida. E ao reconhecer a Deusa dentro de si, você se tornará uma com Ela.

O nosso desejo é o que nos move.



¹ Jornal Deusa Viva, Teia de Theia, maio de 2012, n. 151 
²Faur, Mirella:O poder da Deusa consagrando o cotidiano extraído de http://teiadethea.org
 Faur, Mirella: Antigos Cultos à Mãe Terra. extraído de http://teiadethea.org


terça-feira, 18 de setembro de 2012

A jornada da donzela no caminho da magia

Desde o surgimento de Morrigham em minha vida venho tentando descobrir seus aspectos além da anciã e não foi um caminho fácil, aliás, não é um caminho simples. A energia de Morrigham é libertadora e bem estruturada mas de difícil acesso. Minha busca a este conhecimento se deu por me identificar pouco ao aspecto anciã, pelos mais diversos motivos: inicialmente, por pensar em uma anciã, como uma senhora de idade e o máximo que me aproximo é do aspecto balzaquiana (rs) depois, por minha jornada na bruxaria estar no início, no processo de descoberta e de aceitação de limites, testar minhas ações e aprender a enxergar além do ego. Então, minha questão por um longo tempo foi: como é Morrigham donzela? Como é sua jornada até chegar a sua sabedoria da anciã?


Um foco de estudos que vem me auxiliado a descobrir este caminho tem sido o tarot, a ampliação de perspectivas através do desenvolvimento da visão, da interpretação das histórias e do simbolismo.
A donzela me remete as primeiras cartas dos arcanos maiores, onde se dá o contato com os elementos, com as divindades, como também devemos aprender a canalizar as energias e encontrarmos em sintonia com o divino, através do respeito e da dedicação mas com espiríto aventureiro e até audacioso. Neste momento surge o conhecimento de nossos dons e aptidões, nossos desejos se afloram e a partir da vivência poderemos verbaliza-los e lutar para que se realizem através das nossas ferramentas.
Uma dessas ferramentas é nossa intuição, devemos ouvir nossa voz interior frente ao que está em expansão em nossa realidade, já temos o desejo, o início do conhecimento e o amadurecimento de nossa intuição que irá auxiliar nosso caminho. Nossa energia é fluida, nossa dedicação é lenta mas o potencial é imenso. 


No caminho da bruxaria a donzela tem a "função de aflorar as dávidas e o amor da Deusa por intermédio do culto sexual, além de curar, profetizar."¹
É o momento do desabrochar da sexualidade, da feminilidade; está associada a Primavera, que é o  momento dos novos inícios, do (re) começo. 
Na bruxaria "corresponde a fase crescente e até nova da lua. Representa a juventude, a vitalidade, a antecipação da vida, o início da criação, o potencial de crescimento, a semente do 'vir a ser'.²" 

A donzela surge como um despertar a liberdade mas a guardiã de seus atos deve ser a disciplina. A quantidade de energia que emana é gigantesca e proporcionamente inversa ao seu controle. Neste momento rege o testar, o provar o que lhe for desconhecido. Neste momento deve-se  buscar o amparo na sabedoria dos antigos, pois a liberdade que mantêm o coração da donzela puro não a protege das consequências dos seus atos. A liberdade é grande em meio a sua energia pouco desbravada. Seu início é certo meio ao desconhecido.
É uma energia propulsora e em crescente expansão. A donzela estará presente em cada novo momento de sua vida, seja em uma descoberta que provoque um sorriso ou no desejo de aprender mais.


Fontes: 
¹Prieto, Claudiney. Todas as Deusas do Mundo. Editora Gaia.
²Faur, Mirella. O anuário da Grande Mãe. Editora Gaia.

domingo, 9 de setembro de 2012

Sabedoria do silêncio interno - Lições tão importantes!!!


 
Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia).
Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia.
Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi.
Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada.
Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia.
O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.
Se  identifica-se com o êxito, terá êxito. Se  identifica-se com o fracasso, terá fracasso.
Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos.
Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranqüilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluida.
Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões.
Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranqüila e benevolente, invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.
Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação.
Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão.
Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato.
Não saber é muito incômodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe.
Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade.
Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.
O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo.
Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. Ocupe-se de si mesmo, não se defenda.
Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles.
Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz.
O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo. Pratique a arte de não falar.
Tome algumas horas para se abster de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO.
Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio.
Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação.
Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém tranqüilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este converter-se-á num veneno, que o envenenará rapidamente.
Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo.
Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser.
Por outras palavras, viva seguindo a via sagrada do TAO
 
 
Este texto foi retirado integralmente do site: http://www.hierophant.com.br tamanha sua riqueza e sabedoria. =)

sábado, 18 de agosto de 2012

Sobre a Lua Azul - 31/08/2012


A Lua Azul, se refere a segunda Lua Cheia que ocorre num mesmo mês. A freqüência deste acontecimento, é de 1 vez a cada 2 anos ou 3 anos.
Acredita-se que a Lua Azul começou a ser cultuada, inicialmente, entre os egípcios, com a substituição do calendário lunar - que marcava o tempo usando as fases da lua - pelo solar - que introduziu o conceito do mês de trinta dias. 
A Lua Azul nos proporciona uma oportunidade a mais de tocar o divino, um aumento da consciência diante das forças sobrenaturais, reforçando, assim, o intercâmbio com os outros planos, reinos e dimensões. Por ser considerada um tempo entre os tempos, um momento raro - e por isso, muito mais poderoso e mágico - fica mais fácil alcançar o mundo entre os mundos por meio dela. É uma lua de abundância, que permite colher muito mais do que plantamos. Os encantamentos têm maior poder e os resultados são mais rápidos. Pensamentos e desejos tornam-se mais intensos e, assim, qualquer ritual exige maior cautela em relação aos objetivos e pedidos.
Com o surgimento do calendário juliano, no início do cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar, do poder feminino e do culto às deusas, assuntos perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura romântica e poética, e a Lua Azul passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos.
Na mitologia celta, esta lua favorece o contato com o reino encantado dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas - Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin - e empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as sidhe, as colinas encantadas, morada do Little People, o Povo Pequeno.
Para agradar as fadas, os celtas cultivavam perto de suas casas suas plantas preferidas - calêndulas, verbenas, violetas, prímulas e tomilho - e deixavam oferendas de mel, leite, manteiga, pão e cristais nas clareiras onde os círculos de cogumelos denotavam sua presença. Para favorecer a visão, abrindo a percepção psíquica, usava-se artemísia, em chá ou em infusões para banhos, suco de samambaias ou orvalho passado nas pálpebras, sachês de mil folhas e hipericão, invocações mágicas adequadas.
É um momento fantástico para trabalhar o eu interior, a religiosidade, a intuição e potencializar os poderes psíquicos. Favorece ainda a prosperidade e a abundância como um todo. A Lua exerce incrível influência sobre nós uma vez que nosso corpo é constituído 70% de água e, essa influência atua no corpo emocional.

 

 Somada a astrologia...

Em 2012, ocorrerá a Lua Azul, no dia 31 de agosto, data na qual, a lua encontra-se na casa do signo de Câncer.
Câncer é um signo de Água e Cardinal. São as emoções sendo dirigidas para um propósito definido, e a melhor imagem pra representar o signo de Câncer é a de um rio que vai rasgando a terra, coletando a água de diversas nascentes e a levando resolutamente em direção ao mar aonde vai se espalhar nos oceanos piscianos. Vênus ganha uma tonalidade mais profunda neste signo: Os afetos não são mais experimentais, eles são agora pra valer.
Neste ponto não se deseja mais perder tempo com nada que seja etéreo ou irreal, busca-se o afeto concreto, o matrimônio propriamente ou algo que se aproxime disso. Essa posição é de uma sensualidade sutil, mas muito intensa. Devemos lembrar que Câncer rege uma das regiões mais eróticas do corpo de homens e mulheres: O colo, onde estão seios e peitorais. Essa é a Vênus que encontra prazer na vida doméstica,  na relação papai/mamãe ou mãe/filho e pai/filha. É  uma ideia que se aproxima do incesto: Prazer se mistura a vontade de cuidar e proteger; ser cuidado e protegido. Relacionamentos onde existe diferença de idade ou maturidade vão ser favorecidos por este posicionamento, onde um individuo assume a postura de quem cuida e protege e o outro a  postura de quem é vulnerável e precisa de cuidado e proteção. Por esse motivo, a Vênus em Câncer pode ser a receita pra uma vida amorosa tórrida e instigante, mas corre o risco de ser igualmente a geratriz de um intenso desequilíbrio entre as partes dentro de um relacionamento.     
Neste signo Vênus tem triplicidade, além de ser a regente do primeiro decanato.  Épocas de Vênus no signo de Câncer vão estimular os envolvimentos amorosos mais compromissados, vão intensificar as emoções já existentes e valorizar os prazeres obtidos através da intimidade. Vênus em Câncer também rege os prazeres gastronômicos, já que câncer está relacionado ao estômago.  O conforto, a privacidade e tudo de bom que pode ser realizado na segurança do lar são beneficiados por esta passagem: Não será mais interessante procurar indefinidamente por um amor, não é um momento em que se deseja arriscar nos assuntos do coração. 



E cairá numa sexta-feira =D reforçando o cunho de amor e de relacionamento em geral que a Lua Azul trará.
Sexta-feira é o dia regido pelo planeta Vênus, cuja divindade cultuada são as deusas e deuses do amor; Vênus é a estrela da manhã. Representa a juventude feminina com todas as suas faceirices, suas seduções e seus perigos. Reina sobre o aspecto de donzela, assim como o aspecto de mãe.
Este dia possui como elementos: água e terra; regidos pelos signos de Touro e Libra, as cores recomendadas para serem trabalhadas são o verde e rosa. Incensos com aroma de acácia, jasmim, benjoim, pétalas de rosas, almiscar, violeta, açafrão e tulasi também são recomendados para este dia.
As pedras ou cristais nas tonalidades verde e rosa como, esmeralda, turquesa, aventurina, água-marinha, quartzo-rosa, lápis-lazuli, âmbar, coral vermelho poderão ser utilizadas com mais energia neste dia.
As frutas: maçã, cereja, limão, pera, figo, laranja, amêndoa e qualquer outra fruta muito doce.
Ervas e plantas: açucena, amor-perfeito, cássia, coentro, íris, lilás, malva, manjericão, melissa, murta, visco, sabugueiro, alecrim, sândalo, gerânio, verbena, valeriana, rosa, flores e todas as ervas que se distinguem por seu perfume.
Poderá fazer alimentos que tenha como base queijo, agrião, ervilha, leite e baunilha.

Neste evento, vinhos, sidras, bolos redondos, frutas e queijos não podem faltar.
Velas azuis (aspecto meditativo), prateadas (associada a Lua), douradas (prosperidade) e rosas (amor) podem ser utilizadas.


Espero que utilize estas informações e inspire-se a realizar um belo sortilégio da Lua Azul.
Use a criatividade (com sabedoria)


Fontes: 
http://www.megastrologia.com/ 
www.somostodosum.ig.com.br 
http://teiadethea.org 
A clavícula de Salomão - Ed. Pallas

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sobre a dedicação aos deuses


 Existem diversas etapas na qual nos encontramos na conexão com os deuses. Sonhos, sussurros, chama da vela, bola de cristal, visualizações dentre outros instrumentos de divinação. O silêncio também é uma forma de comunicação com as divindades que nos regem, nos guiam, que temos curiosidade ou afinidade.
A conexão com os deuses constrói nosso trajeto e evolução na Arte e notar as nuances da forma de comunicação com as divindades é resultado de paciência, meditação, dedicação e aprendizado. O tempo em que se dá entre a dedicação e comunicação é relativo, é pessoal e a forma de comunicar-se também. Cabe ao indivíduo descobrir qual a melhor forma de conexão, desde que respeite o seu ritmo de desenvolvimento e as características do panteão. No aspecto prático, sugiro que neste período sempre trace o círculo mágico, deixe o ambiente limpo tanto fisicamente e astralmente, tome um banho de purificação e esteja com a mente tranquila, sem o peso do cotidiano neste momento tão importante.
O estudo da história do(s) deus(es) que regem sua vida é importantíssimo e deverá ser constate; costumo estudar Morrighan associada com a fase da lua em que encontra-se. Por exemplo, lua crescente estudo o aspecto donzela de Morrighan, meu altar é enfeitado com esta característica da donzela e me ajuda a conectar de forma mais fluída com a Deusa e as fases de alteram.
Os deuses possuem características próprias e facetas diversas, uma deusa que rege a morte não tem apenas este aspecto estático, ela já foi donzela, já foi mãe, anciã e já encerrou ciclos, assim como toda a natureza, todo o universo e a nossa natureza como indivíduo. As fases se renovam e esta percepção pessoal trará bastante sabedoria em sua jornada.
Mantenha a mente tranquila e aberta., seu corpo saudável, seu altar limpo e seus olhos atentos as mensagens dos deuses. 
O culto aos deuses não é fácil, vem carregado de disciplina e dedicação mas não deixa de ser prazeroso e carregado de alegrias, desde que você saiba enxergar o que está sendo ensinado.






terça-feira, 7 de agosto de 2012

E hoje é dia de cultuar Morrighan

Como venho retratado, cultuo Morrighan às terças-feiras, tanto pela conexão que este dia me despertou com Ela: dia de limpar o altar, colocar flores, acender velas e me conectar com a Deusa.

Há um tempo meu foco de estudos é o da conexão da Deusa com seu aspecto de donzela, tida principalmente (ou popularmente) como uma Deusa Anciã, me despertou a curiosidade de como será Morrighan Donzela. Através da conexão com meu altar, a Deusa Morrighan Donzela, gosta de vela untada com mel, flores cor de salmão e incenso de absinto ou flores. 

(Parênteses sobre a cor salmão: Salmão é uma gama de cores pálidas entre laranja-rosado e laranja claro, proveniente da cor da carne do salmão. Como a dieta do salmão é muito variada, o salmão natural toma uma enorme variedade de cores, desde branco ou um cor-de-rosa suave a um vermelho vivo. A cor salmão está associada à felicidade e à harmonia embora alguns tons parecem mais frios do que outros)

Minha conexão é feita através de sonhos, da chama da vela e das orações. Ultimamente sinto toda esta prática se fortalecendo e isto significa que os estudos e a dedicação devem permanecer. Noto que a influência das fases da lua na minha prática tem sido palpável, tem fases em que me resguardo e não pratico nada (ou escrevo no blog =b) e sei que caso faça não será a mesma vibração que poderia ser em outro momento, isto que mostra que tenho que estar mais conectada e desperta a estes momentos, observar mais e conhecer mais o espaço que posso ocupar nesta fase, enquanto isto, vou me permitindo.

O texto abaixo retirei do blog:  http://bandruir.blogspot.com.br/2011/11/tres-vezes-morrigan.html acho um texto breve mas rico sobre Morrighan.




Morrigan...

Muitos pronunciam seu nome, muitos clamam ser seus súditos.
Poucos a conhecem.

Muitos pensam que ela é uma divindade sanguinária, que exige sacrifícios de animais ou práticas doentias de automutilação. Esses não conhecem a Morrigan; nada sabem dela. Talvez a confundam com alguma outra divindade não-céltica, distorcida e cultuada por mentes perigosas.

Muitos acham que encontrarão a Morrigan em modismos góticos e ambientes dark... Talvez apreciem a morbidez pela morbidez – práticas modernas que nada têm a ver com a Morrigan.

Essa não é a Morrigan.

A Morrigan é a Grande Rainha. Ela é a majestade da terra;
- a Vida, e a preservação dela;
- a Beleza, e o esplendor dela;
- a Sabedoria, e a fonte dela.

Deusa Eriu ou Macha, Ela é a própria terra, mãe de todos os seres vivos. Ser filho dela é compreender a Vida. É encantar-se com a beleza de campos floridos, lagos cristalinos e do sol dourado sobre as plantações. É correr como os cavalos e voar como o vento. Conhecer a Morrigan é sucumbir prazerosamente à delícia dos frutos da terra, do leite recém-ordenhado, da carne suculenta no prato, do peixe fresco do mar.





Maga e donzela, Ela é a sedutora de Deuses e heróis. Por meio de encantamentos, Ela se transmuta em toda e qualquer coisa, dobrando o mais valente dos homens, conquistando o maior dos Deuses. É com Ela que se casam os reis; sem Ela, não há realeza ou majestade. Ela é a Soberania. Unir-se à Morrigan é entregar-se à sua sedução. Aprender a seduzir, encantar, possuir – e deixar-se possuir.




Idolatrada por muitos guerreiros, a Morrigan é Badb Catha, a Guerra, o espírito da guerra. Espírito, alma, entendimento profundo, conhecimento sutil. Conhecimento de causa e efeito. Saber por que lutamos, pelo que vivemos e pelo que morremos. A certeza de uma causa nobre não nos permite hesitar nem mesmo diante da ferocidade da batalha.



O corvo fala, a sabedoria antiga revela: a Soberania não pode ser ameaçada. Pois dEla dependem a Vida e a liberdade dos filhos da terra. A coragem dos guerreiros é a Beleza preservada. A morte não é sinistra para os que compreendem a Vida. Morremos, e nossa alma segue vivendo, em cada morte e renascimento. E a Vida segue seu curso, como um rio de curvas infinitas, de luz e escuridão.


terça-feira, 31 de julho de 2012

E chega Lammas



Lammas é conhecido como a festa da primeira colheita. Outros nomes são Lughnasadh, a primeira colheita, festa do milho, Ceresalia, Elembious, Festa de Cardenas, Equinócio de Outono, a primeira colheita. Como mencionado, Lammas, é uma festa de colheita ou a primeira colheita, a Terra por sua bondade. Da mesma forma, ele honrou o casamento divino e os deuses do sol. Ela comemora e homenageia o casamento e a fertilização entre o Deus do Sol (a Lugh irlandês) e a Deusa Eriu (uma velha que se tornar jovem de novo).
Lammas representa a luz de desvanecimento do sol, assim também a morte e o sacrifício de Lugh. E é através desse sacrifício, que nós temos a abundância da colheita para desfrutar. Lugh voluntariamente se sacrifica para que o ciclo da vida, morte e renascimento (semeadura, cultivo e colheita) seja concretizado. Ele passa por um ritual de morte e renascimento. Lammas é um nome saxônico que significa pão e é a festa do pão. Estes dois nomes indicam que é um momento agradável para comemorar e lembrar a passagem de Deus e do ano.
Este é o tempo que um descanso após o trabalho árduo dia marca um momento de estoque até o sol do verão benfeitor produziu. É um momento de comemorar e aproveitar o resultado do nosso trabalho diário. É um tempo de análise, transformação e avaliar os preparativos para os próximos tempos escuros quando olhamos para trás em relação ao ano e ao vivo na safra de verão. Nós vivemos do que conseguimos e somos gratos por aquilo que temos. É um tempo para compartilhar com os outros a abundância e o que colhemos com o nosso semear, tanto positivos como negativos. Lughnasadh nos dá a oportunidade para pensar no que poderia ter sido melhor e o que correu bem e o que pode ser continuado.

O Grão
Em Lammas,  usava-se os primeiros pés de milho para tecer figuras, bonecas . Dos frutos que eram consumidos no ritual, plantava-se as sementes. O pão era cozido, os primeiros frutos eram colhidos, havia canto, dança e jogos. A casa era decorada com frutas.
Outro uso foi queima da palha. As cinzas foram espalhadas pelos campos, de modo que a força do trigo ira para a próxima safra. Normalmente, o grão da palha misturada com as sementes de novo com a mesma finalidade. 
A boneca ficava todo o inverno pendurado acima da lareira.
Correspondências
Ervas e plantas de arroz, milho, ginseng, eucalipto, açafrão, acácia, milho, mirtilo, girassol, aloé, carvalho, murta, trigo, lavanda.
Altar decorado com bonecos de grãos, nozes e frutas.
Incenso urze, calêndula, benjoim, sândalo, aloés, citrino.
Cristais peridoto, olivina, quartzo rosa, aventurina, berilo, ônix, olho de tigre, âmbar.
Deuses  todos os Deuses Pai, todos os Deuses da colheita, Bes (egípcio), Bran (galês), Liew (galês), Lugh (irlandês), Neper (egípcio), Odin (Nórdico).
Deusas  todas as deusas mãe, todos os deusa da colheita, Aine (irlandês), Ceres (romana),  Damia (grego), Demeter (gregos), Freya (nórdica), Habondia (Celta), Perséfone (grego), Tailtiu, Taillte (irlandês),  Tuaret (egípcio).
Cores todas as cores pastel, verde, dourado, amarelo-escuro, vermelho, laranja, marrom claro, branco.
Alimentos e Bebidas milho, nozes, frutas, pão, mel, maçã, maçãs, arroz, frutas, carne, cerveja, chá de ervas, ameixa.
Animais bode, galo, bezerro.
Aroma eucalipto, lavanda, canela, cedro, alecrim.
O que pode fazer (Lughnasadh)
* fazer bonecas de milho
* cuidados extra das plantas
* colheita de frutas
* trilhas naturais
* comer coisas com base na massa de pão
* círculo com talos de milho
* pétalas e coletar plantas
* pão eventualmente sob a forma de um homem
* bênção dos alimentos
* sacrifício, maus hábitos ou coisas que você não quer na sua vida, em símbolos para jogar no fogo
* comer milho ou pipoca
* compartilhar sua colheita com outras pessoas, isso pode ser de várias maneiras: um dom, uma mão amiga, um ouvido atento
* tentar fazer festa ao ar livre, este é um partido perfeito para celebrar ao ar livre
* decorar seu altar ou torta com talos de milho
* benção dos animais de estimação
Como este ano, em Lammas, a Lua estará cheia nesta data. Sugiro que façam rituais ou foquem na completude e na força.
O tema para a meditação do ritual é a avaliação realista da colheita pessoal, contando os sucessos e os fracassos, pois nada no universo é constante. Avalie também tudo aquilo que você deveria abrir mão ou rejeitar, limpando, assim, a terra e guardando novas sementes para novos plantios.


Ritual Base

1- Limpeza e purificação tanto do corpo, quanto do ambiente.
2-.Decore o altar com feixes de trigos, cevada ou aveia, frutas e pães, talvez um pão em forma de sol ou de um homem para representar o Deus. Bonequinhas de milho, simbolizando a Deusa, também podem estar presentes. Arrume o altar, acenda as velas e o incenso.
3- Lançando o círculo
(a finalidade do Círculo é manter o poder concentrado em seu interior, reaguardando o poder, cria-se um espaço sagrado no qual dos Deuses podem se manifestar)
4- Convide o guardião de cada torre e os Deuses.
5- De pé, diante do altar, com ramos de trigo em suas mãos diga: " Agora é o período da primeira colheita, quando a fartura da natureza se dá para nós, para que possamos sobreviver. Ó Deus dos campos maduros, Senhor dos Grãos, conceda-me a compreensão deste sacrifício, enquanto se prepara para se entregar à foice da Deusa e partir para Terra do Verão. Ó Deusa da Lua Nova, ensine-me os segredos do renascimento enquanto o Sol perde sua força e a noite se torna fria".
6- Jogue sementes no altar. Erga um pedaço de fruta e diga: "Eu partilho da primeira colheita, mesclando suas energias com as minhas, para que possa continuar minha busca pela sabedoria das estrelas e pela perfeição. Ó Senhora da Lua e Senhora do Sol, Graciosos perante os quais as estrelas interrompem sua trajetória, eu ofereço meus agradecimentos pela fertilidade contínua da terra. Que o grão pendente libere suas sementes para que sejam enterradas no seio da Mãe, assegurando o renascimento no calor da primavera vindoura".
7- Consuma os alimentos, faça trabalhos de magia ou divinações, celebre.
8- Desfaça o círculo.


Símbolos rúnicos que podem ser utilizados como amuletos - depende do que deseja atrair ou repelir:

FEHU
Regentes Planetários: Vênus e Lua
Regente: Freyr
Significado tradicional: Gado/Bens
Está associada aos Bens.  Esta runa significa vitória em assuntos financeiros, algo ganho com o dispêndio da própria energia, uma conquista, conclusão de projetos. Pode também significar ganhos emocionais, por ser um de seus regentes, o planeta Vênus.



THURISAZ
Regente Planetário: Júpiter
Regente: Thor
Significado tradicional: Espinho (dificuldades) - Gigante
As plantas têm espinhos para se protegerem e na astrologia, Júpiter é um planeta protetor, sendo seu equivalente teutônico, THOR, o Grande Protetor da Mitologia Nórdica. Essa runa e seu significado "espinho", indica momento de limitação e aconselha a avaliação e reflexão, para fortalecimento de sua posição. Esta runa era usada para invocar e controlar os demônios que na antiga lenda escandinava, se acreditava assombravam as florestas escuras e lagos cinzentos.
ANSUZ
Regente Planetário: Mercúrio
Regente: Bragi
Significado tradicional: Boca / Deus
Esta runa estando associada a Mercúrio, mensageiro dos Deuses, Deus de eloqüência e inteligência. É a runa portadora do conhecimento, da comunicação e de mensagens divinas. O seu significado tradicional é "Boca", implicando a palavra falada. Indica também a obtenção de sabedoria e conhecimento.



KANO
Regentes Planetários: Marte e Sol
Regente: Loki
Significado Tradicional: Tocha / Fogo / Luz
Uma tocha ou símbolo dos cultos pré-Cristãos de adoração ao Sol: as fogueiras eram acesas nos topos das montanhas nos solstícios e equinócios, para marcar a progressão do Sol pelo céu. Kano representa energia, força, luz, poder e positividade. Tanto Marte como o Sol estão ligados ao fogo e a palavra Ken (Kano), significa tocha. Essa runa traz luz e energia criativa, respondendo por todas as formas de positivismo, trazendo uma influência protetora, um sinal de sorte.
WUNJO
Regentes Planetários: Vênus e Saturno
Regente: Weiland
Significado Tradicional: Alegria e Glória
É surpreendente ver Saturno como um dos regentes de Wunjo, entretanto este é um planeta muito complexo e seu caráter apresenta muitas facetas. Os escritores medievais de Astrologia referiam-se a Saturno e Vênus como "amigos secretos". Pela amizade entre Vênus e Saturno, Wunjo sempre representará alegria e felicidade que chega. A praticidade e a obstinação de Saturno, exercem um efeito estabilizador sobre a leviandade de Vênus, de modo que, quando combinada com outras runas que significam romance, Wunjo pode indicar felicidade emocional e afeição profunda e duradoura.



JERA
Regente Planetário: Mercúrio
Regente: Martelo de Thor
Significado Tradicional: Colheita/Recompensa
A runa Jera refere-se ao aspecto do poder de Odin, que premiava os guerreiros mais valorosos e fortes depois da morte, com sua entrada na "Casa dos Escolhidos", Valhallah. A idéia é de recompensa ou prêmio. Jera é uma runa relacionada com a Justiça e por analogia, todos os assuntos legais ficam sob a sua proteção. Indica que está colhendo os resultados de seus esforços. É uma runa de previsões benéficas, portanto espere bons resultados de qualquer empreendimento ou atividade na qual está empenhado.
ALGIZ
Regentes Planetários: Júpiter e Vênus
Regente: Thor
Significado Tradicional: Alce / Proteção / Equilibrio
O Alce, animal da região norte da Europa, possui grandes chifres que são as suas armas naturais de proteção contra os perigos. O símbolo de Algiz lembra um gesto antigo, usado pelos germanos: estendiam a mão com os três dedos médios levantados, num movimento de proteção. Essa runa era gravada nas armas e nos escudos dos guerreiros e no pórtico das casas, com a mesma intenção. Algiz é tão benéfica que se tornou o símbolo do otimismo bem alicerçado. Esta runa nos desafia a enfrentar novas oportunidades sem nos colocarmos vulneráveis às influências externas, permanecendo confiantes.
SIGEL
Regente Planetário: Sol
Regente: Baldur
Significado Tradicional: Sol
Sigel é uma runa de Vitória e sua presença num jogo é uma promessa de sucesso e realização. O papel exercido pelo Sol na teologia escandinava, se repete nos temas que dizem que o sol nascente transformava os malignos gigantes de gelo em pedra. De uma forma ou de outra, essa capacidade de derrotar o mau é quase que universalmente atribuída ao Sol. O poder do Sol de revelar o obscuro, estabelece a relação de Sigel com a razão e a consciência. O Sol está ligado também ao ciclo de nascimento-morte-renascimento e é quando Sigel nos indica resgate de oportunidades, projetos e relacionamentos.




INGUZ
Regente Planetário: Vênus
Regente: Freyr e Ing
Significado Tradicional: Deus Ing / fertilidade
O Deus Ing para alguns autores é interpretado como um outro nome do Deus Freyr, que rege a fertilidade. Para outros, Ing seria um herói legendário que, pela qualidade de sua vida terrena, tornou-se Deus após a morte. Esta é uma runa que indica a conclusão bem sucedida de um empreendimento e por se relacionar à fertilidade, pode significar um novo estágio de vida. Inguz nos indica o abandono de tudo que está superado, exaurido e ir em direção ao novo: término de uma fase de atividade para que uma outra, nova e mais feliz, se inicie.
DAGAZ
Regentes Planetários: Sol e Nodo Norte
Regente: retorno de Baldur
Significado Tradicional: Dia
Dagaz é um simbolo de crescimento, assim como o calor do Sol na primavera e no verão é responsável pelo crescimento das plantas. Como condutora de energia solar, Dagaz é responsável pelo desenvolvimento de projetos e crescimento de possibilidades tanto no plano material como no plano emocional, abrindo novas perspectivas no panorama dos obstáculos. O Nodo Norte é o símbolo do eclipse e o Sol, o símbolo da Luz. Dagaz portanto, encerra a conotação de "Luz depois da escuridão". Essa runa não apresenta aspectos negativos e as modificações consequentes das vibrações de Dagaz incidem principalmente em suas atitudes pessoais.
OTHILA
Regentes Planetários: Saturno e Marte
Regente: Heindall
Significado Tradicional: Possessão / velho
Othila é a última na série das runas, sendo de várias maneiras a antítese do primeiro símbolo rúnico, FEHU. Onde Fehu representa dinheiro, Othila indica coisas que o dinheiro pode comprar. O Planeta que governa essa runa é Saturno - o planeta da limitação - e muitas vezes as posses simbolizadas por Othila têm algum fator delimitante a elas ligado. Assim, a posse indicada por Othila é freqüentemente um terreno ou construção, propriedade, residência. Saturno é muitas vezes relacionado com a morte física; assim esta runa pode indicar assuntos ligados à testamentos, legados ou herança. Em geral o legado expresso por essa runa é sob a forma de propriedade, patrimônio herdado, que podem ser também, traços psicológicos ou características físicas. Othila é uma runa de ruptura radical e nos aconselha a acreditar no que é novo.




Fontes de pesquisa:
Mário Martinez - Wicca Gardneriana
Mirela Faur - O anuário da Grande Mãe
Scott Cunningham - Guia Essencial da Bruxa Solitária
http://witchclubhouse.blogspot.com.br