terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Chamado do Sagrado

                                                                



"Este é um convite estranho; ele o levará a uma longa peregrinação, e terminará somente onde você já está. Você precisará dar muitos passos, em muitos caminhos, simplesmente para chegar a você mesmo, pois você se distanciou de você mesmo e se esqueceu completamente do caminho de volta. Sou um lembrete, uma lembrança do lar perdido. Portanto, em uma palavra posso dizer que sou um convite, e é claro, apenas para aqueles que têm um profundo anseio em seus corações, que estão sentindo falta deles mesmos, uma profunda urgência, que a menos que encontrem a si mesmos, tudo o mais não tem sentido. A menos que isso seja o seu interesse prioritário e supremo, a ponto de, se necessário, você estar mesmo disposto a perder tudo por isso, mas não pode abandoná-lo... Existem milhares de desejos, mas no que se refere a anseio, há apenas um, o de voltar para casa, de encontrar sua realidade. E nesse próprio encontrar, você encontra tudo o que tem algum valor: bem-aventurança, verdade, êxtase. Você é tão antigo quanto toda a existência; você sempre esteve aqui. Você pode ter encontrado muitos mestres, pode ter chegado perto de muitos budas, mas você estava muito envolvido em trivialidades e não estava ciente de seu anseio. Sou um esforço para provocar o dormente em você, para despertar o que dorme. O fogo está presente, mas está queimando muito baixo, pois você nunca cuidou dele. Meu convite é para tornar você chamejante, e a menos que você conheça uma vida que seja luminosa e chamejante, todo o seu conhecimento é apenas uma trapaça. Você está juntando-o para ajudá-lo a se esquecer de que o conhecimento real está faltando. Mas não importa quão grande seja o seu acúmulo do outro, do objetivo, do mundo, isso não vai se tornar um substituto do seu autoconhecimento. Com o autoconhecimento, de repente desaparecem toda a escuridão e a separação em relação à existência. Sou um convite para você dar um corajoso salto no oceano da vida. Perca-se, pois esta é a única maneira de encontrar a si mesmo"
...
OSHO

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sobre o corvo


Em uma jornada xamânica, descobri o corvo como meu animal sagrado. Mesmo cultuando Morrighan há mais de 10 anos foi uma - agradável - surpresa este momento, tomei como confirmação desta dedicação.
Por mais que entendesse a imagem do corvo vinculada a Morrighan não estava claro para mim sua função dentro dos mundos e nunca havia me aprofundado em seu simbolismo, suas funções e suas características como influenciadoras da personalidade de quem este animal está próximo.
Este momento de busca deste conhecimento começou recentemente e continuo na construção de seu significado.


O corvo simboliza a gratidão e o afeto filiais, a sabedoria, a esperança, a longevidade, a morte e a fertilidade. Na alquimia, ele representa a transformação e a alma evoluída que morre para este mundo.
 É um símbolo ainda usado com freqüência na magia moderna, na bruxaria e nos mistérios¹.






Dentro da interpretação xamânica, atribui-se ao corvo da seguinte forma:

"A magia do corvo é poderosa e pode lhe infundir a coragem necessária para penetrar nas trevas do vazio no qual residem todos os seres que ainda não tem forma definida. O Vazio é denominado “Grande Mistério”. O Grande Mistério já existia antes que todas as coisas viessem a existir. O Grande Espírito é oriundo do Grande Mistério e vive no Vazio. O Corvo é o mensageiro do Vazio.
O Corvo é prenúncio de mudança de consciência, que pode, inclusive, significar uma viagem pelo Grande Mistério ou por alguma senda situada à margem do tempo. A cor do Corvo é a cor do Vazio – o buraco negro do espaço sideral que congrega todas as energias criadoras. Significa que você conquistou por seus próprios méritos o direito de vislumbrar um pouco mais da magia da vida.
O Corvo é o mensageiro da magia cerimonial e um curador que opera à distância e que está sempre presente em qualquer Roda de Cura. É ele que conduz o fluxo de energia de uma cerimônia mágica, guiando-a até o seu objetivo final. Seu papel é o de interligar as mentes dos praticantes do ritual com as mentes daqueles que estão necessitando daquele trabalho. A magia do Corvo não pode ser interpretada de forma racional porque é a magia do desconhecido em ação, preparando a chegada de algum acontecimento muito especial. 
O Corvo é o protetor dos sinais de fumaça e das mensagens espirituais representadas por ele"². 

Na mitologia celta, segundo Claudio Crow, "a associação dos corvos com deidades guerreiras não é casual: grandes observadores da natureza, os celtas perceberam que essas aves sempre surgiam após as batalhas para se banquetearem nos cadáveres dos que tombaram em combate.
Na Gália, uma inscrição na moderna região de Haute Savoie traz o nome de uma deusa chamada Cathubodua: as partículas formadoras desse nome são facilmente identificadas: Cath é ‘batalha’, e bodua/Bodva é 'corvo', de onde seu nome significar, literalmente, Corvo de Batalha. Estas mesmas raízes são encontradas na Irlanda no nome da deusa Badbh Catha, uma figura sinistra que incita os guerreiros à batalha. Ao lado de Morríghan(também amplamente identificada com o Corvo) e Macha, Badbh forma a tríade de deusas guerreiras conhecidas como as Mórrígna"¹.

O corvo carrega outro simbolismo, suas penas. As penas trazem o poder da leveza, mobilidade, equilíbrio, crescimento e inspirações.

Na jornada através do feminino e da magia, deve-se entender os ciclos e com isto o processo de vida-morte-vida; seus movimentos e enfraquecimentos, como um único organismo. E neste assunto o corvo surge cumprindo seu papel de mensageiro entre os mundos. Ouça o seu canto!
Fontes:
²Jamie Sams , As Cartas Xamânicas - A descoberta do poder através da energia dos animais, Ed. Rocco.










                                                         

terça-feira, 23 de julho de 2013

Esbat de Julho de 2013

Nesta segunda ocorreu o primeiro dia da Lua Cheia do mês de julho.
Dentro do meu processo meditativo, a partir do oráculo das deusas, é o esbat que dedico a Deméter, representando a face mãe da deusa. Este processo meditativo iniciou neste esbat e terá o período de 13 lunações, cada uma regida por uma deusa.




E inicio com Deméter, e sua face materna. 
Segundo Mirella Faur, 'esta lunação pode ser nomeada de Lua Rosa dos Desejos, esta lunação possui uma energia especial para realizar desejos, projetos ou aspirações; são distintas por ocorrerem próximos dos quatro grandes sabats.

Esta lunação só agrega todo o potencial 'materno' da deusa Deméter.
É onde o desejo maior, de criar, de aflorar potenciais se estabelece a partir de um sacrifício, de uma finalização para potencializar uma nova jornada moldada em novos objetivos.

Claudiney Prieto, no livro Todas as Deusas do Mundo, nos traz o conhecimento que 'mares, fontes, lagos e poços sempre foram considerados símbolos femininos, simbolizavam o útero criador da Deusa.'
'A face maternal da deusa engloba os aspectos de protetora, disciplinadora, a que dá carinho e que ensina com sabedoria'.
Prieto também ressalta que a Deusa Mãe é simbolizada pelo verão, as frutas são maduras e prontas para as colheitas. A cor sagrada da face Mãe é o vermelho.


Deméter tem a energia da criação, do sacrifício, da superação. (Mito do rapto de Peséfone)
Você pode trazer sua energia como o arquétipo materno. Representando o instinto maternal desempenhado na gravidez ou através da nutrição física, psicológica ou espiritual dos outros. Esse poderoso arquétipo pode ditar o rumo que tomará a vida de uma mulher, pode ter um impacto nos outros, e pode predispô-la à depressão, caso a sua necessidade de alimentar seja rejeitada ou frustrada.

É a energia da criação potencializada pela força da Lua. Isto irá mexer com todo o seu emocional. Deméter rege as emoções, ela é a 'porta de entrada para o feminino'¹.

Segundo o Oráculo das Deusas, Deméter surge para iluminar seu caminho pelas trevas e pelo desafiador labirinto dos sentimentos e emoções. Está na hora de alimentar a totalidade aceitado, reconhecendo e expressando os seus sentimentos. Sentimentos são o que você sente. Emoções são as suas reações aos sentimentos. Sentimentos não-expressados crescem e podem provocar doenças, pois ocupam espaço interior e bloqueiam o fluxo de energia sã. Deméter diz que, quanto mais você aprender a aceitar e respeitar os seus sentimentos, menos tempo você gastará em redemoinhos emocionais e mais energia terá para a vida. Quanto mais você aprender a aceitar e respeitar os seus sentimentos, mais seguro se tornará expressá-los.


Práticas:

¹Reserve um horário e local que sejam apropriados para você. Respire profundamente e entre em contato consigo mesma. Respire para todas as células do seu corpo. Inspire e expire através da pele. Não tenha pressa, sinta-se presente e concentrada no corpo. Em seguida, abra-se e pergunte: O que estou sentindo? Ouça a resposta. Se não houver resposta, então pergunte: Estou zangada, feliz, triste, alegre, nervosa, aborrecida, amedrontada, etc? Peça que seu corpo fale. Se você está com o pescoço duro, pode perguntar o que ele tá sentindo. Afirme o que sente: "Estou zangada", "Estou aborrecida"... e assim por diante. Talvez você queira repetir isto várias vezes para si mesma. Essa é a essência de 'dizer o que é': entrar em contato com o sentimento e afirmá-lo claramente.
As vezes os sentimentos não são fáceis de discernir. Pode ser que você queira viver um acontecimento e desemaranhar o sentimento associado a ele. Algumas vezes temos a sensação de que nem tudo está bem, uma espécie de instabilidade. desemaranhar essa sensação e chegar ao âmago do sentimento ajuda a dissipar a carga emocional. Por exemplo, dizer 'estou zangada' ou 'tenho medo' impede que o sentimento se transforme numa emoção.

²Mirella Faur, recomenda que para acompanhar o fluxo energético desses plenilúnios, prepare uma lista com seus pedidos, esperanças, desejos, sonhos ou aspirações. Com o dedo umedecido em essência de jasmim, cânfora, salgueiro, artemísia e sândalo, trace um pentagrama sobre o papel. Mentalize seu pedido e faça uma pequena oração, repetindo-a por três vezes. Dobre o papel e coloque-o em seu altar, pondo sobre ele uma pedra da lua ou um cristal de rocha.



Fontes:
¹O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky
²O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur
Todas as deusas do Mundo - Claudiney Prieto
As Deusas e a  Mulher - nova psicologia das mulheres ( Jean Shinoda Bolen)Almanaque mistico
Sagrado Feminino Arcadiano (Coven privado de mulheres)

terça-feira, 2 de julho de 2013

E chega julho...





Segundo o ¹Anuário da Grande Mãe de Mirella Faur julho, no calendário druídico, tem como correspondente a letra Coll do Oghan e a árvore sagrada do mês, é a aveleira. Os povos nativos nomearam este mês de Lua das Plantas, Lua de Sangue, Lua da Bênção, Lua do Trovão, Lua dos Prados e Mês dos Fenos.
Ainda segundo Mirella Faur, o lema deste mês é: "usar a energia criativa para realizar seu trabalho e criar novos projetos". A pedra sagrada é o rubi e as divindades regentes são Amaterasu, Athena, Cerridwen, Hella, Ísis, Juno, Maat, Nephtys, Netuno, Nornes, Osíris e Rhea.

É um mês que rege a atividade e a empreitada em novos projetos. Recomenda-se dedicar este mês para avaliar suas realizações, canalizar sua energia criativa para novos projetos e descobrir novos caminhos de realização espiritual.



A letra Coll do Oghan nos indica a permitir que o divino guie a nossa criatividade. 
²Corresponde a letra C do nosso alfabeto, sua cor regente é o marrom. E seu significado original está vinculado a sabedoria e a adivinhação. Seu valor numerológico está associado ao número 06. Pássaro associado é o Grou, considerado como guardião do mundo subterrâneo céltico e associado ao deus do mar Manannan Mac Lir. Deus que tinha uma sacola cheia de remédios feita de pele de grou que ele enchia com tesouros mágicos.


Grou
²O grou é um pássaro que também está associado as mulheres, mas em geral com o lado mais sombrio do feminino. É geralmente ligado à morte e ao subterrâneo. O grou com seu simbolismo da morte, ensina-nos a abrir mão do passado e abraçar o futuro com suas mudanças constantes.



Oghan
³A Aveleira, árvore que rege este mês traz a força da intuição, inspiração e suavidade oriunda de sua ligação ancestral. ²Dizem que suas nozes continham o conhecimento de todas as artes e ciências. Sua madeira era considerada como possuidora de magia  protetora e poderosa. Varinhas de condão e bastões adivinhatórios com água também eram feitos, por tradição, de madeira de aveleira.


Extraído de:

¹ Mirella Faur, o Anuário da Grande Mãe
² Andy Baggott, Rituais Celtas - A roda céltica da vida, os poderes sagrados da natureza
³Templo de Avalon

terça-feira, 25 de junho de 2013

Morrigham - a mensageira da luta¹



Morrigham é frequentemente considerada como uma deusa trina, mas a sua suposta natureza tripla é ambígua e inconsistente. Às vezes surge como uma das três irmãs, as filhas de Ernmas: Morrigham, Badb (pronuncia-se Baid) e Macha. Por vezes, a trindade consiste em Badb, Macha e Neiman - coletivamente conhecidas como Morrigham.
Morrigham é a força que fertiliza o caos, dando início a criação. Morrigham se une primeiramente a Lugh e posteriormente com Dagda.




É a imagem tradicional de uma deusa da guerra, da sexualidade e da magia, estando estes três domínios indubitavelmente associados a tradição celta em que os guerreiros recebem de uma mulher a iniciação sexual, mágica e guerreira. Seu pai foi "Aed, o vermelho" e sua mãe era Ernmas (druida feminina). Macha foi esposa de Nemed e consorte de Nuanda, chamada de "Mulher do Sol". Ancestral do Galho Vermelho, é a Rainha da Irlanda (Também foram encontrados cultos a Morrigham na Espanha e em Portugal), filha de Ernmas e neta de Net. Seus símbolos são o cavalo e o corvo.



Morrigham é a grande rainha. Ela é a majestade da terra. A vida, a beleza e a soberania.
Ela é a própria terra, mãe de todos os seres vivos. Maga e donzela, ela é a sedutora dos deuses e heróis. Por meio de encantamentos, ela se transmuta em toda e qualquer coisa, dobrando o mais valente dos homens, conquistando o maior dos deuses. É com ela que se casam os reis; sem ela não há realeza ou majestade. Ela é soberana.Unir-se a Morrigham é entregar-se a sua sedução. Aprender a seduzir, encantar e possuir - e deixar-se possuir.
Idolatrada por muitos guerreiros, Morrigham é Badb Catha, a Guerra, ou o espirito da guerra. Espírito, alma, entendimento profundo, conhecimento sutil. Conhecimento de causa e efeito. Saber por que lutamos, por que vivemos e pelo que morremos. A certeza de uma causa nobre não nos permite hesitar nem mesmo diante da ferocidade da batalha.
² "Sua escuridão, tanto quanto a terra sob os nossos pés, a caverna ocos ou monte sagrado, fala de seus poderes de dissolução, transformação e regeneração. Dependendo da circunstância, ela aparece como uma velhota temível ou uma jovem, de beleza radiante. Como uma velha ela é a sabedoria primordial, antigo além da conceitualidade. Ela aparece nesta forma quando fomos nos iludindo, achando que nós realmente entendemos, quando na verdade temos vindo a construir um castelo de ilusão de intelectualidade. Só quando tivermos atingido o auto-conhecimento, através do compromisso e relacionamento com algo ou alguém além de nós mesmos e da gratificação de nossas necessidades pessoais, ela revela seu rosto radiante. Esta graça aspecto cheio da Deusa das Trevas encarna espírito regenerado libertado da ilusão e auto-limitação.

 Através de encontros com a Deusa Negra, a percepção do ego comum são quebrados, rachaduras ocorrem em nossa persona bem trabalhada. Através dessas fissuras surge a possibilidade de algo novo. A nova auto fundamentada no "ser" em vez de "fazer", não uma identidade baseada no ego, mas na alma. Isso não é uma coisa fácil para a consciência do ego de prosseguir, porque toda mudança pressupõe a morte do velho. Durante séculos, a Morrigu tem sido descrita como uma Deusa batalha. É minha convicção que este é um grave excesso de simplificação de uma figura paradoxal e desafiador. Esta deturpação tem duas raízes principais. Em primeiro lugar, de se aproximar do mito de uma forma puramente intelectual, ignorando a dinâmica espiritual e psicológica do que são as histórias em sua essência. E em segundo lugar, a relutância dos séculos era comum as culturas ocidentais ao valor de poderoso e menos "agradáveis" figuras femininas".


     
RITUAL DE DIVINAÇÃO COM MORRIGHAM

Você vai precisar:
Da sua ferramenta de divinação
poção de limpeza (artemísia, alecrim e água de rosas)
toalha de pano ou papel
sálvia branca (ou essência de lavanda)
1 vela preta, uma branca e 1 vermelha (representando cada aspecto da deusa)
uma oferenda para Morrigham (vinho tinto, maçã ou romã)

Lance seu círculo, acenda suas velas, queime um pouco de sálvia (ou a essência de lavanda) para limpar a energia do local.
Passe a sálvia pelo seu instrumento divinação. Molhe o pano ou a toalha de papel na poção de limpeza e limpe seu oráculo. Certifique-se que a sua intenção é limpar e purificar sua ferramenta de vidência, e para prepará-lo para seu uso psíquico.
Quando você terminar, segure seu oráculo com as duas mãos, conecte-se com ele. Em seguida, recite esta oração:

"Eu chamo você, Morrigham, para este encanto psíquico.
Ser avisado é estar preparado!
Deusa Morrigham, por favor, venha até mim!
Abra meu terceiro olho, permita-me ver.
Por favor, me dê clareza, lança-me alguma luz.
Ajuda - me a levantar o véu esta noite."

Então proceda com a visualização. Olhe em seu oráculo e permita que as imagens ou palavras se formem.
Quando você terminar, agradeça a Morrigham pelo auxílio com sua divinação. Dê-lhe a oferenda (você pode comer, enterrar ou colocar em algum jardim). Você deve fazê-lo sentado no chão, com as palmas da mão no chão. Liberando qualquer excesso de energia na terra. Depois que agradecer, destrace o círculo.


Extraído de:

¹ As brumas de Avalon - A senhora da magia
² Danann.org
Antigas anotações minhas encontradas recentemente.

outros posts:
O chamado de Morrigham
A jornada da donzela
Oferendas a Morrigham
Esbat e Morrigham

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Beltane 2013


Seguindo a roda do Hemisfério Norte, celebrarei Beltane na madrugada do dia 30 de abril para o dia 01 de maio. Sempre que celebro algum ritual presto atenção nos dias e horários planetários, além do planeja que estará regendo a lua naquele momento e em qual fase a lua se encontrará. Todo este fluir energético influencia bastante dentro da ritualística.

Nestes termos, o céu estará regido da seguinte forma.


                                            

"A lua estará em curso no signo de capricórnio no final da noite, emitirá energia da vitalidade, mas talvez um pouco de inquietação também. Além da disposição para as relações e o entendimento. No dia 1 de maio, a Lua estará fora de curso entre 11h08 e 11h19 e em seguida,  ingressa em AQUÁRIO, trazendo um ambiente mais criativo, mental, ágil e descontraído"¹.






Sendo Beltane um festival que celebra a abundância da terra. A Deusa e o Deus alcançando o auge da sua vitalidade e vigor, tomei devida atenção a fase da lua que se encontrará este festival. 
E a lua iniciará sua fase minguante, o que remete a face anciã da deusa (Se você for celebrar Samhaim pelo Hemisfério Sul, nada mais que uma perfeita energia de comunicação e limpeza somando o festival a fase da lua, contudo, tome cautela para não esvair toda a sua energia).

Beltane caracteriza-se pelo "despertar da donzela para a união com o cornífero. As velas são vermelhas (simbolizando a mestruação) e brancas (simbolizando o semên). Incenso e essência são de rosas, patchouli, almíscar, hibisco ou gerânio. No altar, colocam-se flores vermelhas, galhos e folhas de sorveira, sabugueiro, louro e madressilva. Usa-se verde para simbolizar o nosso renascimento

Oferta aos seres da natureza: frutas, leite, mel, cristais e contas coloridas, realizando-se encantamentos amorosos enquanto trançam-se fios ou fitas"².

Sincronizei as faces e dentro da minha oração pedirei que a lua minguante mande embora tudo o que vem atrapalhando o nosso poder de criação. (#by me)

A atmosfera deste sabbat é de excitação, celebração da sexualidade e da fertilidade, conscientização dos impulsos e das reais necessidades, harmonização e complementação dos opostos. São feitos encantamentos para a cura, o amor e a prosperidade.



                             



A comemoração é feita com frutas vermelhas, pratos com aspargos e champignons, ponche de vinho com frutas, sorvetes e mousses. Bolo de mel, leite e cereais.



RECEITAS

Bolo de Mel³

Ingredientes
3 ovos frescos
1 xic. de açúcar mascavo
1 xic. de mel
suco de 1/2 limão
3 xic. de farinha de trigo
1/2 xic. de chá de canela bem forte
1 col (sp) de fermento em pó químico
1 dose de cachaça
1 xic. de amendoim descascado
1 xic. de uva passas sem sementes

Modo de fazer:
Bata as claras em neve, depois acrescente as gemas e reserve. Misture todos os outros ingredientes numa tigela e acrescente as gemas batidas com as claras. Asse em fogo médio. Se quiser, cubra com uma calda de chocolate.

Geléia de rosas³

Ingredientes

Aprox. 200g de pétalas de rosas vermelhas
600g de açúcar cristal
1 xic. de café de suco de limão
3/4 de xic. de água

Bata as pétalas de rosas no liquidificador, com a água e o suco de limão. Acrescente o açúcar e leve ao fogo, mexendo sempre em sentido horário, até dar o ponto de geléia. Espere esfriar e guarde na geladeira, em pote esterilizado.
*Se fizer em uma sexta-feira de lua cheia, numa hora de vênus, será potencializado.

Óleo de Rosas³

Ingredientes

200 ml de óleo de amêndoas
pétalas frescas de uma rosa vermelha, colhida a noite, por você
81 gotas de essência de rosas

Coloque todos os ingredientes em um pote de vidro, agite e envolva-o num pano vermelho. Deixe-o num lugar escondido por 3 dias. Decorrido este tempo, desembrulhe o pote, coe o óleo e enterre o resíduo num jardim.
Para ser usado em unções de objetos e no corpo.

Óleo floral³

Ingredientes

1 frasco de óleo mineral
pétalas de uma rosa branca
pétalas de um lírio branco
algumas flores de laranjeira
3 gotas de óleo essencial de  lavanda
3 gotas de óleo essencial de gerânio
3 gotas de óleo essencial de ylang-ylang

No primeiro dia de lua nova, coloque todos os ingredientes num pote de vidro, enterre-o num jardim e ali deixe até que chegue o primeiro dia da próxima lua nova. Desenterre então o vidro, coe o óleo, jogando os resíduos num jardim. 
Para ser usado em unções de objetos e no corpo.

Óleo Solar³

Ingredientes

250 ml de óleo de girassol
200g de flores frescas de camomila
casca de laranja
gotas de óleo essencial de camomila (opcional)

Coloque os ingredientes num pote de vidro e tampe bem. Conserve o pote num local ensolarado por 30 dias. Coe, jogue o resíduo num jardim. E o óleo solar está pronto.
Para ser usado em unções de objetos e no corpo.



PARA CONEXÃO COM AS FACES DA DEUSA




A donzela representando a juventude, a vitalidade, a antecipação da vida, o início da criação, o potencial de crescimento, a semente do 'vir a ser'. as atividades favorecidas por este aspecto são relacionadas a novos inícios, seja nos projetos ou empreendimentos, seja nos estudos, mudanças e relacionamentos.
Já a anciã e sua face, corresponde ao lado inconsciente. Mostra ao mesmo tempo luz e sombra, o positivo e o negativo. Representa o declínio das coisas, a diminuição da força vital, o envelhecimento, o fim do ciclo, a sabedoria, o recolhimento e a entrada de um novo ciclo.

²Para conectar-se com a donzela, acenda uma vela branca e um incenso de lótus ou jasmim, um cálice com água da fonte. Acenda a vela e o incenso e diga: "Com esta vela eu avivo o espírito da Donzela dentro de mim". Invoque a deusa recitando: "Linda Deusa Donzela, caçadora live e indômita, eu a chamo agora. Preciso de sua orientação para meu crescimento espiritual. Necessito também de sua ajuda para este meu projeto (descreva-o). Desejo de todo o meu coração realizar este propósito de maneira positiva. Se não for para meu bem maior, revele-me qual a melhor direção a seguir e a qual obetivo devo aspirar. Espero por sua proteção, orientação e ajuda".

²Para conectar-se com a anciã, procure passar algum tempo isolada e no silêncio, faça um círculo de proteção com sal, e dentro dele acenda uma vela preta e deixe próximo caneta e papel e uma pedra escura. Veja-se entrando em uma gruta e indo ao encontro da anciã. Fale com ela: "Oh, Mãe escura, guardiã do livro da vida, detentora do sagrado caldeirão da transmutação, eu peço tua orientação para meu conhecimento espiritual. Preciso que me ajudes a me livrar de tudo aquilo que não me serve mais, cortando os laços escuros destes sentimentos de (enumere-os) ou da dor dessas lembranças (descreva-as). Desejo de coração, que eu possa ser purificada e fortalecida para começar um novo caminho ou um novo projeto".






Fontes:

¹Personare
²Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur
³Cozinhando com os deuses - Jussara Machado

quinta-feira, 25 de abril de 2013

E chega Beltane! Mas e Samhain?


Dentro do Círculo que integro, optamos por celebrar a Roda do Hemisfério Norte, reconhecendo toda a força da egrégora em sua origem.
No universo pessoal (sim, tenho/temos um universo pessoal) venho passando por um processo mais característico a Samhaim, um processo mais introspectivo, regido pelo Arcano XVI - A Casa de Deus ou a Torre, regido numericamente pelo mês 04. Numa busca por renovação que teve ser vivida através de finalizações e aprendizados. #É difícil





Então chega a hora da responsabilidade em me questionar, devo celebrar Beltane regida em meu íntimo pela energia de Samhain? O que colher num inverno? Busco umas fotos do festival e noto que todas possuem um pouco de escuridão, seja na hora da celebração (noite), seja nas maquiagens (tonalidades escuras) e o clichê se refaz, a sabedoria se mostra e você busca em sua sabedoria ancestral (post anterior) o que você, em seu íntimo, já sabia: EM TODA NOITE EXISTE UM FEIXE DE LUZ; seja criada por você ou vinda de algum ponto. Esta a luz mostra que você deve unir suas 'trevas' a sua 'luz' tudo faz parte de você, num ciclo; numa roda de renovação. Você deve despir-se de seus medos, rótulos e pensamentos que impedem sua evolução. É isso que a Roda possibilita. Cabe a você perceber seu ciclo pessoal.

Nesta jornada, compartilhando desta dualidade funcional, um grande amigo me ensina: "A gente precisa aprender a celebrar a perda e as finalizações do mesmo modo que a gente celebra a vitoria e as conquistas. Uma coisa estou aprendendo com essa nossa 'salada hemisferal': a sintonia do homem com o divino é pessoal, intima, e revela apenas parte do divino escondido dentro da gente." (Zir, o dragão)


                             


Busque as sementes que você plantou, elas estão enterradas nos seus sonhos e desejos - isto é Samhaim, esperando o potencial da fertilidade para criar forças e brotar  - isto é Beltane, dentro da realidade - isto é Vida!











E a roda vai girando...
Dedico este post aos meus irmãos de jornada!



terça-feira, 23 de abril de 2013

Ancestralidade



“A Ancestralidade é nossa via de identidade histórica, sem ela, não sabemos o que somos e nunca saberemos o que queremos ser. Diz-se que um grupo de organismos tem origem comum se todos partilham um ancestral. Em biologia, a teoria da origem comum universal postula que todos os organismos na Terra descendem de um ancestral comum" (sem autoria identificada).
























Corpo, Alma e Espírito é a classificação básica do ser humano. Mas não limitaria a ancestralidade a condição de ser apenas humano, mas o ser em sua totalidade, como parte de uma esfera rica em diversidade de matéria, que forma a teia da vida. Esta totalidade abrangeria todos os reinos: mineral, vegetal, animal e o étero. 

Buscar a ancestralidade é mergulhar no lado sombrio, no que está escondido e, ainda sim,  enraizado da sua existência. Conectar-se com o desconhecido,  buscando no inconsciente o que foi absorvido mas não percebido pela sua mente consciente, é um desafio. É hora de resgatar estas experiências, dentro do eixo dos mundos. Você e todo o seu potencial representam este eixo de interlocução.



  "Aqueles que se limitam a viver inteiramente no mundo da consciência e que rejeitam a comunicação com o inconsciente prendem-se a leis formais e conscientes de vida". (Jung)



O despertar potencial da magia ocorre a partir da fluidez entre os reinos e os mundos. Cabe a você entender a jornada dos mundos (inferior, intermediário e superior), dos ciclos (vida- morte-renascimento), dos reinos e do seu corpo. Rompa os limites criados pela imposição cultural e social, que criam barreiras através do medo do desconhecido.


Segundo Jung, o inconsciente é parte tão vital e real da vida do indivíduo quanto é o mundo consciente. A linguagem e as 'pessoas' do inconsciente são símbolos, e os meios de comunicação com este mundo são os sonhos.

Acrescento ainda, o poder da meditação como forma de comunicação com o inconsciente e entre os mundos. Através dos sonhos e da meditação, além as atividades oraculares, podemos "resgatar pensamento temporariamente perdidos. Pois parte do inconsciente consiste, em uma profusão de pensamentos, imagens e impressões provisoriamente ocultos e que, apesar de terem sido perdidos, continuam a influencias nossas mentes conscientes (Jung)." A ritualística dentro da religião referencia-se como simbolo desta comunicação. São representações concretas da existência de um mundo superior, intermediário e inferior.


SOBRE OS MUNDOS E A NOSSA MENTE



Segundo Blawatsky, existem três representações distintas do Universo programadas em nossa mente: o pré-existente (evoluído de) o sempre-existente; e o fenomênico – o mundo de ilusão, o reflexo e sua sombra. 


Mundo inferior ou subterrâneo: Neste mundo conectamo-nos com os espíritos das plantas, dos animais, dos minerais, e espíritos humanos. É aonde reside os mistérios da Mãe-Terra. Nesta viagem podemos aprender sobre a utilização de ervas medicinais, o uso de cristais e sobre o talento dos animais. Também encontramos com a nossa sombra. A parte mais obscura do nosso ser. Também estão nossos instintos. É o mundo dos símbolos, dos arquétipos.


Mundo intermediário: Onde é possível viajar no passado e no futuro. Respostas para diversas questões da realidade ordinária podem ser obtidas nessa Zona.




Mundo superior: É onde conectamo-nos com as divindades; é o local da inspiração, da criatividade, da liberdade. Onde nos conectamos com nossos guias e mentores espirituais.


                                        


ANCESTRALIDADE E A RODA DO ANO

A busca nesta jornada da alma é potencializada por Samhaim, onde seu nome significa 'sem luz', a noite em que o mundo mergulha em total escuridão, e nosso espírito parte para a jornada no mundo inferior para buscar o recolhimento contemplativo de nossas ações. Purifique-se resgate sua conexão com os antepassados e com sua ancestralidade animal, vegetal e mineral. Medite e busque as pedras, as ervas e flores e os animais que caminham junto a você, procure características suas nestes seres, entre em comunhão com eles e peça que guiem, acompanhem e protejam em sua jornada ao submundo.

Este é o local da sabedoria, através das espirais e do caldeirão, representações que nos conectam com os planos mais elevados e sutis da alma, facilitando, assim, nossa jornada e auxiliando na renovação das sementes, em plena harmonia com o Todo.

Liberte-se de seus medos. Faça uma meditação diretiva, busque em sua mente uma caverna, um buraco, um poço. Entre neste local, haverá uma porta e um guardião desta porta. Não o tema! Para passar por esta porta você deve entregar um medo seu a este guardião, entregue de coração, ele saberá. Quando juntar toda as suas forças de buscar este medo no seu íntimo, e entregar ao guardião da porta, ele autorizará sua passagem. Ao entrar, perceba o que tem neste lugar, caminhe por ele, perceba o que contém em todo este espaço. Este é o seu espaço sagrado! Não tem espaço para medos, convenções ou frustrações, ELE É SEU! Colha aí toda a sabedoria de suas vidas, dos seus ancestrais, do que foi guardado e ainda não vivido. Agradeça pelo que foi vivido, se volte ao guardião, agradeça-o. Ele transmutou seu medo! Volte pelo mesmo caminho e siga a sua jornada de crescimento.


Sagrada Inspiração
por Rowena Arnehoy Seneween

Awen, a inspiração sagrada,
Que ao sorver das tuas bênçãos
Num frenesi de emoções,
Uniu nossas tribos durante a jornada

Bardos compunham um som delirante,
Onde ecoavam vozes de almas antigas,
Fluindo entre as espirais da vida
Em plena energia revigorante

O sonho que nos conduz entre os véus,
Seres mágicos, nobres feéricos dos montes
Apresentam-se diante do crepúsculo
Reverenciando a terra e os céus

Será o bosque sagrado centrado em nós?
Sensações entrelaçadas pelos reinos,
Despertam a tal esperança do amanhecer
Propagando seu ritmo intenso e veloz

Chama que aquece e acalenta os corações,
Os Deuses, ancestrais e espíritos da natureza,
Ultrapassam a névoa de prata e tornam-se orvalho
Embevecidos na essência de suas ações

Guerreiros, que a luta seja pela paz
E a nobreza perdure na verdade
Fincando suas espadas no chão
Para que o reencontro seja breve e eficaz

Que assim seja!



Agradeça sempre pela sua capacidade de jornada, e cultive a sua essência!

Fontes:

Jung, Carl. O homem e seus símbolos. Editora Nova Edição
http://www.templodeavalon.com
www.xamanismo.com.br


terça-feira, 16 de abril de 2013

Sobre a Sombra e nosso poder interior






"Empreender o caminho iniciático é o mesmo que percorrer o caminho que leva a nós 
mesmos, a nosso eu real. Durante todo o processo de desenvolvimento que antecede à iniciação é muito importante observar o progresso interno, as mudanças que acontecem no âmago do ser. O fato é que, devido a toda uma estrutura social e educacional, é muito difícil que as pessoas olhem para o seu próprio interior. Temos de encontrar com o nosso 'eu' rejeitado.

O lado negro da nossa personalidade tem sido menosprezado e demonizado por todas as culturas patriarcais do ocidente. Entretanto a solução dessa antiga contenda, calcada na rejeição das trevas em detrimento da luz, não está em destruí-las ou afastá-las, mas ao contrário, em compreendê-las ou resgatá-las. Se pudermos entender que luz e escuridão fazem parte da totalidade do nosso ser, que ninguém é somente luz ou apenas escuridão, teremos condições de investigar conscientemente nosso próprio interior. Acredito que todo o problema esteja em nossa própria obstinação em negar nossa parte Sombra e acreditar que somos eternamente bons, caridosos e justos. Se pudermos reconhecer nossos mecanismos de defesa e rejeição, acredito que teremos alguma chance de começar a realizar essa tarefa tão dolorosa, que é a de encontrarmos nossas próprias fraquezas, medos e neuroses, bem como todas aquelas coisas das quais, deliberadamente ou por imposição, abrimos mão em nossas vidas e que se tornaram um fardo tão pesado de se carregar.


Segundo Marc Barasch: ' A espiritualidade do jeito que foi reembalada para a nova era é um bolo de amor e luz, que dispensa a peregrinação, a penitência, a derrota e a queda, a tortura e a humildade.'

O poder é resultado de um enorme trabalho espiritual, de uma dedicação que termina numa total entrega de todos os falsos valores aos quais nos apegávamos, e finalmente ao chamado encontro com a Sombra, nossa Mente Profunda. O Verdadeiro poder está finalmente na remissão de nossa Sombra.Quanto mais eu reprimo e nego a mim mesmo, mais perco de vista meu lado sombrio, aumentando cada vez mais o fosse divisório.


Todo e qualquer esforço no sentido de nos tornarmos uma pessoa boa (leia-se, aceitável) resulta inevitavelmente no endurecimento cada vez maior da capa com que cobríamos nosso ego, uma capa ilusória de bondade. Criamos nossas máscaras e vivemos com elas, acreditamos nelas e lutamos pela sua manutenção. Não percebemos que tudo isso é tão-somente a manutenção de um ideal de ego bastante inconsistente e frágil, e que ao contrário a Sombra ganha cada vez mais força e energia, uma energia que poderíamos aproveitar em nosso benefício,, uma vez que é potencialmente positiva. Positiva no sentido de que é ela, Sombra, que é real e verdadeira, não possuindo dissimulações e falsidades do ego. Ela não possui máscaras, por isso temos tanto medo dela. Simplesmente não somos aquilo que pensamos que somos.
Para podermos iniciar um aprendizado verdadeiro e consistente, precisamos estar conscientes de que nossas vidas encontram-se estagnadas, que nossos valores não nos conduziriam a lugar nenhum e que as imagens que criamos a nosso respeito começam a se despedaçar."

Texto de Mário Martinez do livro: Wicca Gardneriana